Para governo, Fiol e Porto Sul fomentam a formação de engenheiros na Bahia

 

Um acordo de cooperação técnica foi assinado nesta segunda-feira (5) entre a Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) para o apoio ao desenvolvimento de pesquisas em laboratórios de universidades públicas do estado nas áreas prioritárias do governo, especialmente as engenharias, por meio da concessão de bolsas de apoio técnico.

O ato aconteceu durante o seminário ‘Formação de Engenheiros para a próxima década: a visão do setor industrial da Bahia’, realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), em Salvador. A iniciativa inédita tem por finalidade auxiliar o desenvolvimento dos projetos mediante a participação de profissional técnico na execução de atividades de laboratório, de campo e afins. Para o projeto foram aportados recursos da ordem de R$ 380 mil, sendo que a composição da contrapartida foi R$ 190 mil.

De acordo com estimativas do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), o Brasil tem um déficit de 20 mil engenheiros por ano. Na Bahia, esse cenário está se apresentando de forma mais evidente em decorrência da grande quantidade de empreendimentos estruturantes estratégicos, grandes demandantes desses profissionais, que estão sendo realizados ou que serão iniciados nos próximos dois anos.

A expectativa é que, até 2015, sejam investidos cerca de 33 bilhões de dólares em projetos como Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), Porto Sul, Copa do Mundo, mineração, energias renováveis, dentre outros.

Transformação econômica - Na abertura do evento, o secretário James Correia afirmou que “a política industrial que está sendo desenvolvida na Bahia tem contribuído para a transformação econômica do estado como um todo. Com isso, a demanda por mão de obra qualificada tem sido muito grande, principalmente quando se trata de profissionais de engenharia”.

Presentes no evento - uma iniciativa do Fórum de Inovação da Bahia, por meio do Grupo Temático de Engenharia, do qual a SICM faz parte -, o superintendente do Instituto Euvaldo Lodi, Armando Alberto da Costa Neto, o diretor geral da Fapesb, Roberto Paulo Machado Lopes, e representantes do governo, do segmento empresarial e da comunidade acadêmica.

O seminário teve como objetivo informar, refletir e discutir os perfis dos engenheiros que deverão ser demandados pela indústria baiana nos próximos dez anos. Durante a palestra ‘Cenário para o futuro da Indústria Baiana’, o superintendente de Desenvolvimento Econômico da SICM, Paulo Guimarães, fez um paralelo entre o boom econômico e tecnológico e a exigência por mão de obra qualificada.

“Temos condições plenas para atender à demanda das indústrias. Entretanto precisamos de um esforço coletivo entre governo, instituições de ensino e do envolvimento direto das empresas na qualificação de profissionais para o atendimento das suas demandas”, disse Paulo.

A programação seguiu com um ‘Painel da Indústria’, dividido entre os temas complexo petroquímico, complexo metal mecânico, setor de mineração, setor de energia e complexo da construção civil.